Limites de mim

Às vezes quero muitas coisas

tenho muitas, mas não sei

às vezes é como se algo falta

ou se eu não fosse esse alguém

São tantos planos, tantos sonhos

tão distantes do que sou

são tantos dias, casos, medos

que já não sei o que restou

Se é que em mim algo se esconde

por que tão profundo isso está?

Se tenho a vida, um horizonte

por que não vejo o que está?

Quanto almejo o que virá

como se existisse sorte

se houvesse um certo ou um errado

escolha certa, ou então a morte

É tão estranho e tão difícil

eu não consigo entender

mas o controle do meu vício

está além do meu prazer

e para aquém do impossível

aquilo que eu não quero ver

Fogo Selvagem
Enviado por Fogo Selvagem em 22/08/2007
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