AMANHECER DA ALMA
Novo amanhecer, o dia raiando e o sol brilhante lá vinha,
A luz invadia minh’alma e o calor aquecia meu corpo,
Somente meu coração continuava gelado,
Tomado pela solidão e com um amor sufocado,
Era como você sentir algo estranho sem saber o que fazer,
Sentia que mais um dia se passaria e outros viriam simplesmente,
Tinha na boca o gosto da perda e no coração um grande amor,
Tinha na noite a solidão e nos dias a alegria de amar,
Vivia como vivem as pedras juntas, mas só em seu mundo,
Vivia como um raio de sol que se apaga com o entardecer,
Era uma sensação de vitória sobre a decepção,
E uma sensação de decepção sobre a vitória chamada amor,
Mais uma vez o amor convencia pela grandeza e beleza,
E a decepção era não poder vive-lo,
Tão grande, tão belo, tão eu,
E de novo ao início, ao recomeço, o ciclo da decepção,
Quando vinha o dia e a presença amada se fazia presente,
Era como mexer numa ferida do coração que queria cicatrizar,
E voltava a doer para com o entardecer serem amenizadas com lágrimas,
Lágrimas que engolidas curavam as dores do amor impossível.