A MORTE DE UM SONHO

Nascia ali um sonho de vida, um sonho de felicidade,

Algo belo e grandioso que enraizou em meu peito,

Não conseguia imaginar o quanto me faria sofrer,

Tenho Deus como testemunha que dei tudo de mim,

Fui além das minhas forças, havia renascido a esperança,

Fui leal e verdadeiro, acreditei no sonho da felicidade,

No espelho e não mais me vejo, fiquei transformado,

Meu amor próprio se foi, não tenho mais meu próprio respeito,

A minha referência é um amor lindo e verdadeiro, mas rejeitado,

Tudo perdeu o sentido e minha vida tornou-se vazia,

Minhas forças são vãs, não tenho mais o que fazer,

Sofrerei, mas o sofrimento não será maior do que já é,

Tenho que decidir, sufocar algo que acredito não é fácil,

Desistir de quem amo é difícil mesmo porque é meu sonho,

Certa vez disse um poeta:

- “O Homem morre um pouco cada vez que mata um sonho”

Vou optar por matar esse sonho, algo vai morrer em mim.

Agradeço a Deus pelo sonho, vi que o amor ainda é possível,

Entristeço em perceber que não o mereço,

Este amor é minha maior vitória e minha maior derrota,

Fui do sonho à decepção e do sonho à realidade fria,

Enquanto alimento esse amor aumenta meu sofrimento,

Ao chegar a viagem final comigo levarei esse amor,

Amar é uma dádiva, sofrer é um dom adquirido,

Chorar o amor é injusto, choro a perda do que nunca tive,

Choro a derrota de uma batalha que não pude lutar,

Um homem só é forte com amor no coração.

O Poeta da Solidão
Enviado por O Poeta da Solidão em 12/12/2017
Código do texto: T6197248
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