DE VOLTA A VIDA
O dia estava amanhecendo
Já se mostrava no céu nuvens escuras
O vento soprava de uma lado para outro
De repente, caia do alto grossos pingos d água.
O solo que estava seco, com camadas de poeira
Começava a se derreter pela água da chuva
Um lamaçal forma-se barros espumantes
As plantas alegres dançavam, todas contentes.
Eis que de súbito, vi fileiras de formigas correndo
O medo as espantava, a procura de abrigo
Algumas sem sorte, eram levadas pela correnteza
Pensei, será que elas serão ceifadas.
Pequenas e frágeis, elas se esforçavam
Agarrando em pequenos talos de plantas
Relâmpagos rasgavam os céus em fúria
Iluminado estreito caminho das águas
Alguns minutos depois, alívio dentro da natureza
Aos poucos, o tempo lá fora foi se dispersando
Veio logo a calmaria, os pássaros saiam de seus ninhos
Voavam alegremente à procura de seus afazeres.
No horizonte o sol surgia com seu esplendor
Raios luminosos espalhavam por toda terra
No solo, o sulco, aprontava covas de formigas
A mãe natureza é benfeitora em tudo na vida.
Amontoadas um em cima das outras, acontecia
Alegre fiquei, vendo as coitadinhas se movendo
Enxugando seus corpinhos, puseram-se a caminhar
Novamente em fileira, o exército de formigas
Voltavam as suas atividades.