SOLITUDE

Vento do mar que passeia,
se espalha pela areia,
nas ondas fica a bailar.
O teu som, amigo vento,
não é um canto, é lamento.
Lamento das dores sofridas
que, talvez, a própria vida
se encarregou de te dar.
Não sofras, porém, vento amigo,
vem ficar, aqui, comigo.
Eu também estou sozinha,
e a dor maior, essa a minha,
é não ter com quem chorar.