Aos meus olhos disformes

Um suspiro indolente que toma o destino,

o sopro vazio de janelas amargas;

O medo latente de ver o destroços

dos navios imensos que ergui nas vagas.

Que luzes ofuscam meus olhos disformes?

Que céus apagados compõem o meu céu?

Meu vôo arrancado de minhas próprias asas;

Quedou-me abrasado neste mausoléu.

Olha a mão que estendo, é tudo o que tenho!

Olha a pele maldita aos olhos de Deus!

Vede a marca que tenho talhada em meu peito

e meu coração dado aos vãos laços teus!

Os meus olhos cerram e sopram os ventos.

As direções tornam meus quartos escuros

Descanso no coração da tempestade

E dentro do peito, ergo novos muros.

Crescei das fontes da rejeição,

Nutri-vos da seiva da ingratidão!

Levantai-vos das mãos de meus medos rotos!

Protejam o âmago de meu coração.

...

Desta vez,

"mademoiselle alvéloa",

não os deixarei ruir mundo abaixo.

Eduardo G Silva
Enviado por Eduardo G Silva em 14/12/2017
Reeditado em 13/06/2018
Código do texto: T6198490
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