Aos meus olhos disformes
Um suspiro indolente que toma o destino,
o sopro vazio de janelas amargas;
O medo latente de ver o destroços
dos navios imensos que ergui nas vagas.
Que luzes ofuscam meus olhos disformes?
Que céus apagados compõem o meu céu?
Meu vôo arrancado de minhas próprias asas;
Quedou-me abrasado neste mausoléu.
Olha a mão que estendo, é tudo o que tenho!
Olha a pele maldita aos olhos de Deus!
Vede a marca que tenho talhada em meu peito
e meu coração dado aos vãos laços teus!
Os meus olhos cerram e sopram os ventos.
As direções tornam meus quartos escuros
Descanso no coração da tempestade
E dentro do peito, ergo novos muros.
Crescei das fontes da rejeição,
Nutri-vos da seiva da ingratidão!
Levantai-vos das mãos de meus medos rotos!
Protejam o âmago de meu coração.
...
Desta vez,
"mademoiselle alvéloa",
não os deixarei ruir mundo abaixo.