Sem título
É já acordo no absurdo
Tragando o cigarro do criado mudo
E já vejo o mundo envolto em vulto
O tempo já me rouba um trago
E do atraso faço ato
De sempre estar a um passo
Do mesmo espaço
Assim andando os dias
Sem encontrar uma encruzilhada nem esquina
Que a paranóia tá delirante é visível... num percebo
Vivendo sempre reverso dos versos
A antítese da existência
A essência