Poema cheio de sol

Quero um poema que não seja angustiado

Não me fale de árvores velhas e jardins desbotados

Nem me lembre soldados indo para a guerra

Ou me mostre homens mortos, bocas famintas

E velas em funeral

Quero um poema claro, cheio de sol

De águas limpas, brincando no arco íris

De peixes coloridos, de animais

Se divertindo na neve

Quero um poema feito de mãos

De mãos solenes, levando a alegria

Mãos que tocam sinos, acariciam o órgão da igreja

E façam um catedral completa de musica

Um poema que se declame

Na canção da estrela guia

Na agua que borbulha na praia

Entre o riso das crianças

Um poema feito de homens livres

E mulheres compromissadas com a vida

Caminhando leves, simples, delicadas

Carregando a colheita no avental .