O desabrochar me vem...
No sereno desorganizar...
Da coloração dos cabelos...

Agora...
Existe calma em meu principiar...
Atravesso com destreza a porta...
Que limitava meus antigos medos futuros...
Futuro que agora os vejo desabrochar.

Quando olho as memórias na parede...
Intenções...Paixões...A juventude menina...
Estampadas em branco e preto...mui cores.

Meus olhos ofuscam...
Diante das doces recordações.

Esse materializam...
Ao som presente da puerilidade.

Sons sem malicias...
Balanço que range saudade...
Olhares que desejam tudo !!!...
Com seus cristalinos...
Cheios de perguntas.

Vó !!!...
Nos fale dos segredos da vida !!!...
Das rugas que brotaram...
Com suas primaveras.

Sorri e semeei palavras...
Com a idade de meus netos.

Afinal palavras velhas...
Poderão deixar seus pequenos peitos...
Sem coração.

São palavras tão novas !!!...
Que não tinham medo do escuro.

Tão novas !!!...
Que as ensinavam a amar.

Que estremunhadas em seus sonhos...
Sorrirão pelo que pode vir a ser.

Sim !!!...
Olhos que me leem...
A vida me deu um beijo a face.

Com todo o sonhar...
Dificuldade barreira e barrancos.

Ela me beijou a face...
Com a duração de um instante...
Um instante de anos de vida.

Onde sempre renasci...
Em mim mesma..
Sempre desabrochando.

Romilpereira           
 texto reditado de 13/06/2009















 
ROMILPEREIRA
Enviado por ROMILPEREIRA em 17/12/2017
Reeditado em 18/12/2017
Código do texto: T6201556
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