Corações desastrados

Alguns corações não têm conserto.

São becos molhados de chuva

Preenchidos por alguns passos de transeunte

Que não sabe onde chegar.

caminha por aí, sozinho

Olhando para os sapatos sujos

E paras as poças

que respingam as dores do céu,

Com as pegadas curtas que não

Alcançam nenhum lugar.

Corações partidos exigem cautela

Porque são armas,

E Tiros não fazem curva

Quando o disparo é a queima roupa.

Quando um coração partido Ricocheteia

Em outros corações,

A ferida daquele é a primeira gota de água que cai no chão

Espalha-se por alguns espaços,

mas ninguém consegue ver,

Porque não se vê a olho nu a tragédia dos

Pequenos detalhes.

Um coração partido é uma fera

Que hiberna

Nos recônditos da caverna

Esperando o primeiro eco

Para despertar.

Um coração partido é um gerador

De corações partidos

Que só descansa

Quando cicatrizar.

Que é vago e sem companhia,

Sem alguém para perceber

Que os escombros daquela guerra

solitária e deserta

Já foram algo, além de escombros.

Um coração partido era um coração

Antes de você chamar de nada.