Albatroz

Os grãos da areia

escutam a sua voz.

O cinza...

O branco...

O eco...

Estilizam o momento.

Por que me chamas?

O teto do abrigo

se curva submisso.

Sabes bem, que eu sou capela de Deus.

Sabes bem, que sou seio à deriva.

No limbo,

debaixo do cinzento céu

jaz estirado um coração.

Um coração de rubras papoulas

e o coxear do olhar infame do tempo.

Então é Natal?

Por que me chamas?

Tinahh
Enviado por Tinahh em 20/12/2017
Reeditado em 20/12/2017
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