Albatroz
Os grãos da areia
escutam a sua voz.
O cinza...
O branco...
O eco...
Estilizam o momento.
Por que me chamas?
O teto do abrigo
se curva submisso.
Sabes bem, que eu sou capela de Deus.
Sabes bem, que sou seio à deriva.
No limbo,
debaixo do cinzento céu
jaz estirado um coração.
Um coração de rubras papoulas
e o coxear do olhar infame do tempo.
Então é Natal?
Por que me chamas?