Luar tardio
Quando a noite, um olhar sombrio traz,
o bosque embrulha em brumas
as esmeraldas.
Coração valente faz serenata
ao imbele amor.
No cochilo me abandono.
Estou a dormitar em longínquos sonhos.
Do amargor desforra minh'alma,
que trafega calma pelas ruas dantes.
Pudesse eu estender luz a essa teia.
Ó homem do coração sem cavas!
Do varão lígneo!
Vis-à-vis ao argentino espelho...
Eu te amaria, Ó mar!
Ai, como eu te amaria!
Se eu encontrasse o seu rosto
nas vagas noites de Brasília.