Luar tardio

Quando a noite, um olhar sombrio traz,

o bosque embrulha em brumas

as esmeraldas.

Coração valente faz serenata

ao imbele amor.

No cochilo me abandono.

Estou a dormitar em longínquos sonhos.

Do amargor desforra minh'alma,

que trafega calma pelas ruas dantes.

Pudesse eu estender luz a essa teia.

Ó homem do coração sem cavas!

Do varão lígneo!

Vis-à-vis ao argentino espelho...

Eu te amaria, Ó mar!

Ai, como eu te amaria!

Se eu encontrasse o seu rosto

nas vagas noites de Brasília.

Tinahh
Enviado por Tinahh em 21/12/2017
Reeditado em 17/01/2018
Código do texto: T6204348
Classificação de conteúdo: seguro