Sou eu

Meu prólogo seria o mais incompreensível
A simplicidade das palavras acometeriam
Ambiguidade demasiada 
Não tente decifrar o âmbito da minha alma
Sou um vento solto
Que chora pelos cantos
E sorri pelo recantos
As vezes quero estar em apinhado de gente
Outras, só quero meu papel e minha caneta 
Sou simples e sou chique
Gosto que me vejam
Mas tem horas que opto por estar invisível
Vagueio por alamedas apagadas
Porém, tem horas que meu brilho resplandece a alvorada
Sou navio que navega em desertos
Ouço melodia no que versejo
Ortografo irretratáveis sentimentos obsoletos
Sou oceano que transborda em copo d'água
Faço de um passado a esperança para um novo dia
Sou teimosia e uma tal ideologia
As vezes assumo os meus erros
Tenho espiritualidade aflorada
Coloco minhas fraquezas a Quem pode me socorrer
Sou solitário e demasiadamente carente
Amo carinho, muito
Sou adornado de passarinhos aventureiros
Voo ao meu céu, viajo
Dou cara a tapa para proteger quem é meu
Cultivo amizade de verdade
E tenho repúdio por falsidades
Sou alguém que sente amor por qualquer alguém
Tenho convicções
E coleciono decepções de outrem
Sou tudo e nada, picos e baixos
Ando descalço por cacos de retratos
Sou o florescer de uma alma vivaz...
Esse sou eu!


 
Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 22/12/2017
Reeditado em 23/12/2017
Código do texto: T6206006
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