Baú dos Tempos
Não quero que me iludam
Não quero ouro, nem mesmo prata
Não quero a vida sob o santo lenho
Porque o meu barco, triste e lento
Embalsamado pelo vento
Quero esquecer esquinas antigas
Guardá-las no baú do tempo
Dos amores velhos, fazer cantigas
Em outras vidas e em outros mares
No meu barco fantasmagórico,
Embora carcomido, lento e perigoso
Flutuam meus sonhos e os meus pesares
Que levará para ti o meu amor vigoroso
Quando para eu regressares.
RENATO ESTEVES SODRÉ
23/12/2017