Travessia
Te avistei no cais a mirar o mar.
Marinheiro poeta que conhece como ninguém
O sal e doce das marés do prazer
Que atravessa altivo as luxuriosas tormentas
E conduz sua nau ao mar sereno dos lençóis em desalinho depois do gozo.
Mirei-te nos olhos e te convidei a navegares por marés desconhecidos.
Juntos atravessamos ondas gigantes
Tsunamis de prazer devastador...
Que destruíram qualquer barreira da entrega e
De pudor
Fomos tragados pelo desejo incontrolável
De levar nossos corpos ao limite das possibilidades
Infinitas de prazer e nos afogamos nesse mar!
Tão vasto oceano a conhecer
Sob o sol escaldante de beijos infinitos
Acreditamos na promessa de amar...
Quisemos levar nossa embarcação a um porto seguro.
Mas como bons marinheiros sentimos falta
Das ondas...
Esperava eu pra embarcar novamente contigo
Mas já eras comandante de outra tripulação...
E antes deste por de sol, teus olhos já miravam a lua.
Recolhi minha vela...aguardo o vento mirando o horizonte.