Bêbados poetas

O estômago, quando esquecido, celebra a golada como se fosse a primeira vez.

O fígado, enlouquecido, deixa bem tonto sem precisar de muitas doses, basta só três.

O corpo maltratado e quase inconsolável, encontra abrigo na bebida - a pior das pragas, talvez menos fatídica que as mulheres de olhos pintados -, tenta lavar a alma com lama e se embriaga de noites vazias ao lado de pessoas frígidas que só fingem sentir algo além da cama.

Thina Freitas e Matheus Miler
Enviado por Thina Freitas em 24/12/2017
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