Bêbados poetas
O estômago, quando esquecido, celebra a golada como se fosse a primeira vez.
O fígado, enlouquecido, deixa bem tonto sem precisar de muitas doses, basta só três.
O corpo maltratado e quase inconsolável, encontra abrigo na bebida - a pior das pragas, talvez menos fatídica que as mulheres de olhos pintados -, tenta lavar a alma com lama e se embriaga de noites vazias ao lado de pessoas frígidas que só fingem sentir algo além da cama.