Grande Onda

São dez pouca da noite, poderiam ser dez e muitas,

mas se eu ceder, vou me exceder e me perder nas ruas, procurar mil características por ai, que não vão suprir nem meia dúzia tuas.

Ai eu volto pra casa, olho pro teto, entro nele, e começo um dialogo comigo mesmo que não tem fim, na minha cabeça vem a voz do dublador do Chapolim falando pra mim:

- amigo calma, calma não criemos panico, amanhã vai ser melhor e com certeza teremos ânimo!

A voz dentro da minha me irrita, outra personalidade surge e grita que eu sou gremista, e o Chapolim otimista, acaba morrendo queimado, nove horas quando eu olho o despertador no lado, somem as vozes, e eu não entendo nada sobre o tempo ter voltado.

O teto derrete, outras vozes surgem, e os ventos rugem, a janela trinca, a luz pisca, e os mosquitos me iludem. Nessas horas é bem foda de pensar, como um pedaço de papel pode te fazer viajar sem sair do lugar? Seria isso uma viajem indesejada, as cores atraves da minha lente, não parecem nem imaginadas, as brisas que ocupam o espaço parecem todas inventadas, nove e seis, respiro, sinto forte bater o coração.

Seis minutos se passaram mas pareceram todo verão, sinto até um frio digno de inverno, seriam esses os pesadelos de um século moderno? Trabalhar exaustivamente pra fugir da realidade, morte, vida, claridadea e sombra não seriam nem a metade, 9 da noite nada voltou ao lugar, sera que ja é tarde?

Paro fecho os olhos, vejo galaxias, darth vader tomando gol pro spook, jogando de goleiro com a camisa do grohe, engraçado ele tem o braço curto, não faz sentido mas ta explicado. barulho de galo, garganta seca pra caralho, são onze horas da noite, não tem sol no quintal, meu corpo ta dolorido, moto passa acelerada, a marca devia ser Honda, esse texto não faz sentido, mas essa brisa eu vou chamar de A GRANDE ONDA