RUIR PELA ESPERANÇA

Estou aguardando incertezas

Não há exatidão matemática que me salve.

Estes sonhos são frutos impalpáveis

Longe de qualquer tangência do olhar.

Ficar é solidão, correr é desespero.

Não há qualquer céu limpo promissor,

Flor em promessa de belo desabrochar,

Porém há vastas ameaças de chuva e enterro.

Não me resta muito além da espera

De ir trançando meus cabelos no tempo

Ansiando que o vento traga inconfessas notícias

À uma alma que definha em esperança.