TUDO ISTO POSTO A MESA.

Nas águas do rio da vida

Rolam bravas correntezas

Que nos destroem certezas

E aniquilam aos nossos sonhos

Na guerra pelos patrimônios

Os parentes se desconhecem

Uns aos outros desmerecem

E ainda chegam os estranhos

Buscando arrumar uma brecha

Para levar uma pitada

Sem nunca ter trabalhado

Para juntar tais riquezas

Tudo isto posto a mesa

Desatina ao moribundo

Que não veio a este mundo

Para arbitrar malandragens

E não possui mas coragem

Para por ordem nas demandas

E encerra a sua ciranda

Nesta passagem pela vida

Deixando que a natureza

Que é a dona da franqueza

Resolva a estas feridas.

PUBLICADA NO FACE EM 02/01/2018