HOMENAGEM A MÁRIO QUINTANA

Quintana,

tinha olhar sereno

como água de cacimba

Foi um mito da alegria,

andar lento,compassado,

em ritmo de poesia

Figura bem singular

gostava da solidão

Não dispensava os fantasmas,

nem filmes de assombração

Imaginava que anjos

cantavam em seu telhado

e que seus sapatos velhos

eram dois barcos encalhados

Tudo era encantamento,

Seu mundo era só magia,

querubins e velhas bruxas

no espanto da fantasia

Foi arquiteto do verso

Foi fabricante de sonhos

Foi um criador de frases

Aprendiz de feiticeiro

Foi uma velha criança

Foi uma criança velha

Tudo isso e muito mais

Agora é "folha levada

no vento da madrugada,

agora é um pouco do nada

invisível ,delicioso!"

Olga Silveira
Enviado por Olga Silveira em 22/10/2005
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