Mãos desprendidas.
Para quê ser raso diante de tantas variedades?
Para quê o profundo se não se valoriza o grau das intensidades?
Para quê amarrar se em breve vai deixar ir?
Para quê inspirar e logo depois desiludir?
O pretérito que não pode ser perfeito
O errado que não vai ser desfeito
O tudo aquilo que se está fora do contexto
Acredita-se ser agora o desejo que o seu coração não saia do eixo.
Desprenda-se daquele que não quer segurar a sua mão
Percebes que a junção de corpos não é sempre sinônimo da mais pura afeição
Procura o caminho de quem te queira de verdade
Sem falsas juras ou fugas sem necessidade.
Um futuro a dois que foi prometido em troca da sua paciência
Selado por um beijo com olhar carinhoso cheio de veemência
Sofreu a revelação de que brincar covardemente com a estima alheia é opção
Para quem aparenta querer ser livre mas que não escapará um dia da solidão.