A pedra que me atiraram

A pedra que me atiraram

coberta de sangue e pó

continua lá na estrada...

Acertaram-me. É só,

mas desta vez não morro;

eu só corro meio tonto

e peço que dêem pontos

n'algum pronto-socorro.

A lesão é pequena.

Mas de quem me acertou

eu tenho pena,

porque ainda ferido eu vou;

mas ele e a pedra não se movem

e permanecem lá atrás

cobertos de pó.

Que dó!

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 22/10/2005
Código do texto: T62259