CRUZ VERMELHA

Ainda é tão fácil achar-me na tristeza

É uma espécie de segunda pele, laço.

Oro às minhas velhas estrelas internas

Em busca de orientação além do sono.

Ceder ao cansaço, a desilusão, ao calar

Das palavras não é tarefa impossível.

No final do dia a alma sempre pesa

Colher flores ou sorrisos amenizam,

Porém quando fecho os olhos

Minha cruz acende em vermelho

E uma eternidade de silêncio

Grita dentro de mim:

“Descanse em paz.”