Testamento dos meus trinta e poucos anos.

Rio, 19.01.2018.

Testamneto dos meus trinta e poucos anos.

Ainda não deixo bens,

Muito embora, agora, eu já

Tenha acumulado um

Excessivo bem querer.

Eu deixo uma dica preciosa,

Anota: Super vale a pena viver.

Eu vou levar comigo um

Sentimento mui bonito

De tudo que vivi com você.

Eu deixo a certeza de

Que não fui perfeito,

Mas como teu eleito

Nunca me faltou a

Dignidade e o social verniz,

Mesmo sendo imperfeito

Eu deixo o dever cumprido

De ter te feito feliz.

Não deixo filhos, mas não mais

Por não ter bens a lhes deixar,

A essa altura eu gostaria muito

De ter sido pai, contudo

A existência é árvore em que os

galhos podem ser comparados

A possibilidades e alguns

Desses galhos o destino nos poda.

Deixo aquela minha conversa:

"Quem sabe um dia a gente adota"

Deixo, de graça, alguns conselhos,

Que não creio ruins, mas que

Se fossem de fato bons,

é lógico, eu os vendia:

Apesar de toda lástima

(De todo a dor) sorria!

Leia bons poetas, mas

Entenda que a vida é a

Verdadeira poesia.

Escreva, cai, levante, ande,

Nade, aprenda a tocar um

Instumento musical,

Nunca queira ser melhor

Que ninguém, mas se esforce

Em se fazer especial.

Eu levo todo amor que

Dediquei, muitas vezes expresso

Não nas minhas palavras,

Mas nas minhas atitudes,

Eu levo tudo que aprendi

De bom, todas as virtudes.

Eu levo a conviccão de que

A vida é bonita, apesar do

Mundo ser tão rude.

Clayton Marcio.