O mundo é um ó

Olhai, obtusos ornejantes,

o oráculo onírico e obsedado,

oculto e obscuro, observando

o ósculo da ocisão!

Orai! O ócio obscurece

as ocas órbitas oculares

e os orifícios odientos

ousam obsecrar o óbolo de ontem...

Ofendi-vos? Ótimo!

Ossos do ofício...

O orbe é o ômega

e eu o ogro orbícola

ostentando ouro em ombros oberados...

Obceca-me o ônus do óbito – o ocaso

e o oásis do olvido...

O óbice ao objetivo

é ouvir a ofensa e o opróbrio

e omitir-me!

Onde obter os ornatos do opúsculo ordinário?

O original obliterado

na obediência ordenada – opressiva!

Ouso obrar de oitiva:

o orbe é um ó!

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 22/10/2005
Código do texto: T62328