poema panfleto

que nunca se esconda

na beleza retórica

no verso domesticado

no poema que vendeu a alma

e se submete ao messias da hora

que nunca dilua o coração

no programa do partido

na filosofia que se outorga

a salvação da pátria

e a redenção do mundo

que reze a todos os deuses

principalmente o nenhum

que entre em qualquer casa

e transborde silêncio

nas múltiplas linguagens

pois ser poeta é viver

na alma da liberdade

no lirismo da rebeldia

na ternura de ser pedra

na fúria de cada pétala

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 25/01/2018
Código do texto: T6236392
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