SETENTA E OITO
Sou de setenta e oito,
E sigo fluindo
Deslizando pelo tempo
Incessante
Que não pára
Que apenas sara
As feridas entreabertas
E surgem outras
Que curamos
Utilizando o arrebol
Sou de um tipo de cimento
Meio forte, meio vento
Que vai se extinguindo
Ressurgindo
Como uma fonte
De água entre as pedras
Sou daqueles que nasceram
Em outro módulo secular
Sou deste tipo de gente
Que aprendeu a observar
A olhar nos olhos
Pois a única conexão possível
Era com as mentes