De novo.
Nada muda,
você usa,
se encanta,
se engana,
vai pra cama,
desencana,
é forte,
é frágil,
é sacana.
Diz que quer
sem querer;
quer muito
mas não vai dizer.
Pra quê?
Vai doer,
vai fingir que não liga,
ignora a ferida.
Com seus pensamentos,
de novo briga,
vira as costas,
não importa;
já não se lembra direito,
mas em alguns momentos,
sente até o cheiro.
Acha que apaga,
desata,
dá preguiça de sentir,
seleciona a opção partir.
Uma densa fumaça
invade a minha mente;
eu nunca vou entender
esse bicho
chamado gente.