(Todas) as coisas

Nascem iguais, elas, todas as coisas

Ao passo que no mínimo se distinguem,

Logrando se tornarem tão únicas

São iguais, elas, todas as coisas,

Que seguem, do tempo, a esteira,

Fingindo-se fugir do comum caminho,

Tornaram tristes, elas, todas as coisas,

Sonhavam ser tão únicos indivíduos,

Hoje uma porção de pequenos mecanismos

Somos então, nós, todas as coisas,

Capacidades infinitas que são perdidas

Para o medo de perder o valor de mercado

Morrem então, tudo, todas as coisas,

Que logo não mais lembradas,

Pois de tão iguais, nem sequer existiram