IMPOTENTES INTENÇÕES...
 


 


 
Espremida ao canto... Ali em plena avenida...
Multidão agoniada transitava
Jovens indiferentes com seus fones a cantarolar.
Idosos lentos sem querer atrapalhar; atrapalhando.
Seguiam empurrados aos sopapos dos apressados.
 
Outros tantos nem jovens e nem idosos...
A passos mais largos carregando suas caras duras
Umas de palidez, outras em vários tons...
Nada de alegria ou ao menos de educação.
Pior... Ai de quem estivesse vindo na contra mão
 
Mais parecia que fugiam de um vulcão em erupção
Reflexos explícitos de angústia, amargura e dor
Indiferença, fome, sono e um tal de mau humor...
Seguiam apressados indiferentes a toda gente... Algentes!
Escapei meio aturdida pelos odores e...
 
Afetada pela “energia negativa” de seus dissabores.
Emanados em pleno amanhecer.

 
Ardentemente desejei e supliquei
Ou!!! Quem dera pudesse mover
Daquelas faces tudo que eu não queria ver.

Ficou na minha memória o pavor
Que estampava a cara da multidão
Continuei indagando...
Será que tudo aquilo era para ganhar o pão?
Atrasados ou não?
Que seria aquela confusão?
 
 
Uns trinta minutos depois é que fui saindo...
Aturdida de tanto safanão.
É... Eu estava na contramão.
Meu sentido era outro e chorei
Entendi...
Era a decepção de desejar um mundo melhor
E saber que por mais que se faça nada mudará...
Triste constatação. Não há evolução.
 












 

Garanhuns, 09 de março de 2017.
E o tempo passando... Rápido!
Míriam DOliveira
Enviado por Míriam DOliveira em 29/01/2018
Código do texto: T6239137
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