Obra prima.
A surpresa da sua voz naquele bar,
trouxe um passado que já não doía;
e veio tão leve, tão preciso,
só pra me lembrar
que eu sou mesmo livre.
Em poucos minutos,
eu já te despia;
já olhava pra sua alma;
já te sentia.
E não nos deixamos pra depois,
você me contou que talvez,
outro dia nem chegaria.
Seu beijo no meu,
meus dedos nos seus,
meu rosto em teu peito;
seu olhar aqui dentro.
Teu cheiro,
meu cheiro,
desejo.
Eu mal podia entender,
a liberdade de estar
presa em seus braços.
Entregues;
inteiros;
num estranho desembaraço.
Vários vazios de mim,
preenchidos pelo muito de ti.
Um convite para olhar o céu,
em todo momento ao seu lado;
e eu já o via,
mesmo de olhos fechados.
Com você,
é sempre a minha primeira vez;
minhas peças
se encaixam
na sua camisa xadrez.
Agora,
me pego num vício
que me atormenta;
ora nas suas canções,
ora nas páginas do
V for vendetta.