A MARCHA DOS PONTEIROS

Os ponteiros marcham.

São soldados invencíveis e cruéis

Não há porque se deterem

Se o meu coração tombado

Do alto de o seu pedestal falso

Ficou ferido no meio do caminho

Não há tempo para recuperar o fôlego,

Curar as feridas, esperar benevolente bálsamo.

Não importam quantas feridas fiquem para trás

Rumam duros os ponteiros às horas infinitas

Seguem mesmo quando o relógio está sem pilhas,

Pois seus corpos são espadas afiadas e cheias de pressa.