DEPOIS ... ( e entretanto)

e entretanto

novos tangos e valsas

e ...

[ Depois ]

Depois do dia,

de muito dia,

veio a noite

e mais noite;

Depois da fúria

veio a loucura.

Tudo na volta da espiral

em que respiramos,

num pleno de ocuparmos

um espaço de ser gente,

e na perda da noção

entre ser ténue e ser em vão!

Depois do último tango,

a última valsa;

o sonho após a paixão.

E mesmo no fim

não se esgota o tempo

não se quebra a espiral.

Novos tangos e valsas.

Eventualmente,

[...]

uma pausa, quase acidental,

mas com um preço absurdo

entre irrisório e exorbitante.

...

Uma pausa em que cabe

o “porquê?” mas talvez

não caiba a resposta!

Depois do dia e da noite

só a dúvida:

E o resto?

Sei lá!

... e será que importa?

Luis Melo
Enviado por Luis Melo em 05/02/2018
Código do texto: T6245876
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