DEPOIS ... ( e entretanto)
e entretanto
novos tangos e valsas
e ...
[ Depois ]
Depois do dia,
de muito dia,
veio a noite
e mais noite;
Depois da fúria
veio a loucura.
Tudo na volta da espiral
em que respiramos,
num pleno de ocuparmos
um espaço de ser gente,
e na perda da noção
entre ser ténue e ser em vão!
Depois do último tango,
a última valsa;
o sonho após a paixão.
E mesmo no fim
não se esgota o tempo
não se quebra a espiral.
Novos tangos e valsas.
Eventualmente,
[...]
uma pausa, quase acidental,
mas com um preço absurdo
entre irrisório e exorbitante.
...
Uma pausa em que cabe
o “porquê?” mas talvez
não caiba a resposta!
Depois do dia e da noite
só a dúvida:
E o resto?
Sei lá!
... e será que importa?