Cobrança

Comi do fruto proibido

ainda imaturo

saltando o muro do paraíso...

Foi preciso!

Tanto conhecimento arraigado

e eu quis ousar sentir-lhe o gosto

do fruto roubado...

Doce sabor

do saber minhas próprias verdades...

Matei a vontade que me matava aos poucos!

Loucos são os seguidores das seitas dietéticas

cuja vontade não avança além do portão – mas eu, não!

Assim, aprendi o certo e o errado

e a estar de ambos os lados da incerteza...

Agora sigo a correnteza consciente

sem me culpar pela cobrança

do ato apanhado em flagrante delito...

-"Bonito!"

E a cara vermelha e sem-vergonha

aprende as artimanhas do saber

e sabe acusar a cobra inocente

a quem não foi dada orelha...

Mas eu juro que lhe dei ouvidos!

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 23/10/2005
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