Crônica
Esta é a crônica de um mundo moderno
Onde a regra é da alma, o desapego,
Do nome trocado por título
E tudo que se pode ser adquirido,
O reflexo de como tem evoluído;
Aqui questionar só gera ruídos,
E não se há muito tempo a pensar,
A tecnologia vive no lugar do homem
E homem vive em função do ciclo
Louvando-o como um dia louvaram a magia;
Está é a crônica do homem moderno
Que ao olhar o espelho, entra em desespero
Pois não se reconhece fora de seus ornamentos
Sendo alimentado de vergonha e medo
De ser o que é e não tudo o que tem
Então luta uma luta já perdida,
Aceita ser o servo, engrenagem corroída,
A prêmio de ganhar novas máscaras
Mas não há o que melhor o satisfaça,
Ter tudo para apenas não ter nada