ATOLEIRO

De repente, todo o caminho

Perde o sentido de horizonte.

Não há vaga-lumes para guiar-me,

Amor para esperar, alegria a vir,

Estrelas reconfortantes a brilhar.

Tão somente pedras espalham-se

Diante dos meus pés escuros.

Choro sobre as pedras na esperança

Que derretam e virem frágil lama

Para assim, eu atravessar sem feridas

O mole atoleiro equivalente de mim.