______________MINHA ALMA BABILÔNIA

          
Minha alma, Babilônia,
estala na arquitetura da retina o cio da procura.
Desliza o veneno-marinheiro pela veia,
centelha a me conduzir.

Minha alma, Babilônia,
em seu curso impreciso
por não ser exata,
assim como toda alma humana,
complexa e bifurcada.

Minha alma, Babilônia,
enraizada, arquétipo
transcendendo a razão
mecânica das células.

 
Minha alma, Babilônia,
esforça-se por não ser apenas cio,
ramifica-se, imperfeita,
imersa no abismo que é o meu peito,
poço sem fundo,
de não sabê-lo, completamente,
perco o chão e crucifico em meu dorso
negras asas.

Minha alma, Babilônia,
infinita,
é um avesso sarcástico da carne
putrefata e transitória.

Ah! Minha alma, Babilônia!
Confusa? Nem tanto!
Subjetiva, múltipla e humana!
oOoll NOTURNA lloOo
Enviado por oOoll NOTURNA lloOo em 18/02/2018
Código do texto: T6257690
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