Êxtase
Seria fardo a saudade
Fosse o amor a lápide
Da musa distante
Ébria e inerte rocha
Eis que no entanto
Há no peito despido de medos
Fogo e sangue pulsante
Vidas que brotam em rompantes
A cada despedida da aurora
No canto silencioso
Das noites que partem céleres
Rumo à ocasos ocidentais
Amantes improváveis celebram
Felicidades perenes
Em encontros casuais.
Antonio P. Pacheco