O medo
O medo é uma cólera mortal
Que te acompanha para o mais profundo derradeiro
A estagnação total, o impetuoso caminho para o desfiladeiro
Deixamos a covardia assumir as nossas vidas
Queremos granjear, sem ao menos semear?!
Suscetível a ser sempre descorajado
O medo estaciona a vida na sombra da ambiguidade
Afluência ao não arriscar, somos muitos
Encolhidos em casulos, deixamos de tentar
Por ceticismo de nós mesmos
Descrentes da capacidade que possuimos
Damos vazão ao mais intenso duvidar
Nisso a debilidade assassina os nossos sonhos
Cevamos a mente com apinhados negativismos
Saciamos os pensamentos com estorvos
Somos inundados por uma paralisia absoluta
Ficamos a mercê de nossos maiores medos
E com amarras nas mãos, não agimos
Com os pés atados, não andamos
Com a boca costurada, não falamos
Nos tornamos estatísticas
Num mundo onde o medo impera
Nos impossibilitando de conquistar
Com o simples medo de não acertar
O medo te aprisiona...