Essa Poesia
De teu mundo ela é contraparte,
Quando aceitas a esmola para que se cale,
Ela furiosa cospe em tua face
E ataca com inconvenientes fatos,
Sempre a julgara fraca, nunca uma obra de arte,
Pois lhe fez encarar irônica verdade,
A poesia que não se importa com tua sensibilidade,
Ou lhe embriaga com tenra felicidade,
Não é serva de sua fútil vaidade;
Esta que não é uma filha da estética
Não existe para que seus olhos saboreem
Ou inflem seu domesticado coração,
É a não lapidada, pura selvageria,
Numa espécie de anarquia, liberta da tolíce da harmonia
Se move com o caos, que é a natureza, a vida,
Negando sua falaciosa simpatia
Embora seja empática, mas sem pena por vocês e suas vidas de ilusão.