Boas novas
Esqueci na gaveta, quadros, cartas e todos sentimentos que não me tingem mais...
Vejo que é chegado a hora de novidades...
Começo a mudar
Solto o meu traçado em um novo quadro
Com tonalidade na cor do amor
Aqueles rabiscos transformam em uma serenidade para a alma
As cores borram com elegância todo o meu passado...
Em um papel totalmente cru, dou sabor as letras
Faço palavras que alimentam o meu íntimo
Versejo com maestria
Me faço de artesão de cartas
Estampo naquele papel pálido
O mais intenso bem-querer...
Dou um acarinhado aos sentimentos débeis
Acalanto cantilenas para a raiva e o rancor
Resfrio o fervor do impulso e insensatez
Acalmo a ira com palavras bonitas
Animo o desânimo com uma força indescritível
Deixo o olor do amor exalar a pureza do campo
Dou boas-vindas a sentimentos que nascem como flores em um jardim matizado de carinho...