Boas novas

Esqueci na gaveta, quadros, cartas e todos sentimentos que não me tingem mais...

Vejo que é chegado a hora de novidades...

Começo a mudar

Solto o meu traçado em um novo quadro

Com tonalidade na cor do amor

Aqueles rabiscos transformam em uma serenidade para a alma

As cores borram com elegância todo o meu passado...

Em um papel totalmente cru, dou sabor as letras

Faço palavras que alimentam o meu íntimo

Versejo com maestria

Me faço de artesão de cartas

Estampo naquele papel pálido

O mais intenso bem-querer...

Dou um acarinhado aos sentimentos débeis

Acalanto cantilenas para a raiva e o rancor

Resfrio o fervor do impulso e insensatez

Acalmo a ira com palavras bonitas

Animo o desânimo com uma força indescritível

Deixo o olor do amor exalar a pureza do campo

Dou boas-vindas a sentimentos que nascem como flores em um jardim matizado de carinho...

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 22/02/2018
Código do texto: T6260816
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