Obrigado

Você encosta este cano frio em minha testa

Sinto tudo, Sinto nada

Penso em tudo, penso em nada

Vejo a bala, sinto o desejo

Vejo o fogo

Sinto a intenção, quase pego o medo nas mãos.

Você encosta este cano frio em minha testa

Lembro, esqueço

Amo, odeio

Memórias queimam,

Arrependimentos reaparecem

Em minutos vivo de novo

Você encosta o cano frio em minha cabeça

Sinto a dor do nascimento

O alivio da morte

Em instantes, lembro quanto da vida se foi

Quantos sorrisos e memórias.

Me alegraram e me entristecem

Você tira o cano fumegante de minha testa

Percebo o quanto vivi

Obrigado por me mostrar

Antonio Basrha
Enviado por Antonio Basrha em 27/08/2007
Código do texto: T626123