Mal entendido.
Rio, 23.02.2018.
Mal entendido.
Eu não quero te plagiar,
Nem fazer mensão do que tu escreves,
Eu sempre vou buscar dizer
Que a boca é grande,
Enquanto tu dirás que a boca é breve.
E a pétala de que te serve de
Analogia a pele?
Eu vou dizer que a alma tem espinhos
Que a rosa não repele.
Cada poeta tem seu canto,
Seu encanto, a poesia é um manto
Que cobre todos que
Nela vão buscar aconchego.
Não me venha falar de plágio,
Que te copiei em algum trecho.
Eu sou original no meu versar,
Impar no meu apetrecho.
Leio os teus textos, deles
Não queixo, mas bem claro
É que tu falas de abraços,
Enquanto eu falo de beijos.
Portanto, passado o mal
entendido escrevas do teu jeito,
Eu escreverei do meu.
Cada um com a sua dor que
No peito, individualmente, pesa.
A Deus o que é de Deus,
A Cesar o que é de Cesar.
Clayton Marcio.