A vida útiu de um poema

Nossos poemas nunca se perderão

Mesmo sobre a velha mesa já sem uso,

Sob uma pilha de tantos outros livros

Sem cadeiras sem tatos sem ouvidos

Nem mesmo quando esquecido

Numa gaveta escura cheia de rabiscos

Rascunhos canetas aposentadas

Ou em qualquer pasta de arquivos

Dispositivos aplicativos etc...etc...etc.

Nenum poema está comprometido

Com um número xis de leitores

O compromisso fiel de um poema

É com qualquer coração que o encontre

A vida útiu dum poema não se cessa

Nem a vóz aguda do poeta se cala

Passe anos meses ou séculos

Sem fadigas assédios ou pressa

Acho até que o poema depois

Depois de escrito tem vida própria.

Jão Martins
Enviado por Jão Martins em 24/02/2018
Reeditado em 24/02/2018
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