DESPERTAR
Basta uma nesga
No horizonte adormecido
Por dentro um gemido
A despertar a estrela
Para que se ergam forças
Desafiando os pulmões
Toquem os sinos
Vibrem os corações
Ao compasso de metáforas
Já que o cérebro não distingue
Não importa a mola
O que prevalece é o impulso
Que gerando ondas
Multiplica as frequências
Variando as amplitudes
Ao sabor do comprimento
De que serve o resultado
Se o fim não existe
A inércia é transitória
E as fases se alternam?
No tiquetaque do relógio
No brunir das ondas
Sobre trôpego caminhar
Um insólito despertar...