Deserto (I)

Ninguém por perto

na imensidão...

Estendo a mão

neste deserto!

Ninguém me vê,

ninguém escuta

meu peito em luta;

ninguém me crê!

Em volta, areia;

silêncio, só...

Em volta, nada!

Em mim, o medo

e a sede intensa

não saciada...

Em mim, vazio...

Uma miragem

na paisagem,

meu desafio!

Em mim, deserto...

Ninguém por perto...

Ninguém conhece

minha tortura

e a sede pura

de achar em prece

uma razão

para viver!

E na ilusão

vou sem saber

e percorrer

a solidão

pra me esquecer!

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 23/10/2005
Código do texto: T62674