Abraço

O espírito da poesia

Vaga de mente em mente

Procura em vóz bravia

Qualquer vida que o pressente

Vê num pouso triunfante

Meio as dores, as primazias,

Outros espíritos latejantes

E se abraçam em harmonia

Tinham n'alma o sofrimento

E nos peitos, tristes ironias

Tinham todos os encrementos

Só não tinham a poesia

Esse pouso repentino

Em tais almas que ardiam

Fez nascer novos meninos

Em dois seres que morriam

Jão Martins
Enviado por Jão Martins em 01/03/2018
Reeditado em 01/03/2018
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