O compasso dos passos (I)

Quanta gente passa por mim

por esta avenida que é o tempo;

a louca avenida sem fim

onde um passo é um passatempo.

Mil passos são dados assim

como se andassem no vento

que corre como o pensamento

no tempo, momento sem fim...

E passo a passo o compasso

dos passos dados ao léu

Torna-se – por fim – o espaço

entre a humanidade e o céu...

Por isso vou passando perto

dos que passam sem notar

que até mesmo um passo incerto

há de dar nalgum lugar...

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 23/10/2005
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