Da visão
A mim, chamam-me de cego.
Porque não enxergo o brilho do sol?
Porque não enxergo as penas dos pássaros?
Porque não enxergo o colorido das flores?
Por que me chamam de cego?
A mim, que vejo o calor do sol aquecendo minha pele!
A mim, que vejo o canto alegre ou triste dos pássaros!
A mim, que vejo a essência dos perfumes das flores!
Mas se o cego sou eu,
que pena é essa que sinto
dos que não enxergam
aquilo que só eu vejo?