A Noite

Lento...

Lentamente...

Escorrego e deslizo...

Desço...

E giro...

Num prumo seguro...

De negro surjo e lento apago a luz num rodopio lento...

Devagar meço minutos...

Contados segundos...

Na cor obscura...

Horas coloridas lentamente serão cinza escuras...

Há vezes azuis marinhas...

Amarelas viram brancas azuladas e suas sombras conforme a lentidão se gira...

Lenta gira ante o seu horário circular...

Lentamente lenta...

Uma seda lentamente lenta...

Ébano...

Ilusionista do corpo...

Que embebeda os olhos...

Relaxa os músculos...

E se deita sobre a alma...

Que faz levitar...

Em qualquer solo macio, ásperos lentamente seu giro...

A vertigem nas pálpebras não suporta seu peso...

Insiste mas não tem jeito...

Fecha-se e perde o lento giro no alento...

Num suspiro de ar fresco...

Em seu jardim verde negro irá descansar...

E o giro lento...

Lentamente lento...

Mostra-se ao ouro lento...

Seu despertar...

Lento.

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 05/03/2018
Código do texto: T6271713
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